Usado para telecomunicações em vários países, nomeadamente pelo exército português, o PoSAT-1 deixou de emitir sinal em 2006, depois de 13 anos de atividade. Está hoje numa viagem silenciosa em órbita da Terra, devendo "morrer" efetivamente em 2043.
A 25 de setembro de 1993, por volta das 02h45, as ambições espaciais portuguesas seguiram a bordo do voo 59 de um foguetão Ariane 4, lançado a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. Vinte minutos e 35 segundos após a descolagem, já a mais de 800 quilómetros de altitude, o PoSAT-1 separou-se com sucesso da “boleia” para ocupar a órbita prevista acima da superfície terrestre. A data é hoje assinalada com uma conferência organizada pela Agência Espacial Portuguesa, Portugal Space.
Fernando Carvalho Rodrigues, considerado o pai do satélite português, chegou a recordar o lançamento histórico como um “trabalho tenso e de enorme concentração”, assombrado por algum medo de fracasso, principalmente pelo custo financeiro.
A valores correntes, o projeto rondou os cinco milhões de euros, havendo uma parte financiada pelo então Programa Específico de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa, mas também pelas empresas que constituíam o Consórcio PoSAT-1: INETI, EFACEC, Alcatel, Marconi, OGMA, UBI e CEDINTEC.
Retirado de SapoTek
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